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A Paixão dos medíocres

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Há homens mentalmente inferiores à média de sua raça, de seu tempo e de sua classe social. Também existem os superiores. Entre uns e outros flutua uma grande massa impossível de ser caracterizada por inferioridade ou excelência. Os psicólogos não quiseram se ocupar dos últimos, a arte os desdenha por incolores e a história não sabe seus nomes. Não são interessantes. Os moralistas os tratam com igual desdém; individualmente não merecem o desprezo, que fustiga os perversos, nem a apologia, reservada aos virtuosos. Sua existência é, no entanto, natural e necessária. Em tudo que possui graus, há mediocridades. Na escala da inteligência humana ela representa o claro-escuro entre o talento e a ignorância. Considerada individualmente, a mediocridade poderá ser definida como uma ausência de características pessoais que permitam distinguir o indivíduo em sua sociedade. Ribot chamou de “indiferentes” os que vivem sem que se note sua existência. A sociedade pensa e deseja por eles. Não têm v