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Mostrando postagens de 2015

Pombas brancas

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Um dos livros mais vendidos no ano de 1969 foi o romance “O Enigma de Andrômeda”, de Michael Crichton, que conta a história de um grupo de cientistas envolvidos no estudo de um micro-organismo que faz o sangue   humano coagular rapidamente, provocando a morte. Embora seja um livro de ficção, O Enigma de Andrômeda é um relato arrepiante da ameaça biológica que determinados organismos podem representar ao sistema imunológico humano, que por nunca ter sido exposto a eles, não tem como combatê-los. No livro os organismos vêm do espaço sideral. Na vida real eles podem ser desenvolvidos na terra mesmo, por meio de atividades biotecnológicas humanas, propositais ou acidentais. Para ilustrar as possibilidades, alguns anos atrás um grupo de pesquisadores australianos   produziu uma cepa de ectromelia infecciosa, uma variante do vírus da varíola, esperando esterilizar os ratos. De modo geral, a ectromelia infecciosa não representa perigo para os camundongos que participam da experiência

O Brasil e a matemática.

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O Congresso do PT em Salvador/BA decidiu pela volta da CPMF e de se taxar grandes fortunas, como formula de tirar o Brasil da crise. Nada se falou de reforma fiscal e tributaria. E muito menos do tamanho do Estado brasileiro, que cresceu. E como um Narciso, enamorou-se da sua própria força e beleza. E ufano de suas riquezas, vaidoso de sua potência, achou que é um fim em si mesmo. E esqueceu que o homem é que foi criado a imagem e semelhança de Deus e que foi o homem quem o criou para seu serviço. E na sua autoadmiração, o Estado brasileiro agiu como se o homem fosse por ele criado para construir a sua grandeza. E na sua mania de grandeza, agigantou-se. E na sua mania de riqueza, ficou perdulário e endividou-se. Para sobreviver começou a taxar cada vez mais a Nação, até que os seus tributos ficaram bem acima da capacidade contributiva da Nação. Iniciou-se, assim, um conflito de sobrevivência entre o Estado e a Nação, cada qual navegando em barcos e destinos diferentes.

Democracia ou mediocracia?

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Quando Platão referiu-se à democracia afirmando que, “é o pior dos bons governos, mas é o melhor entre os maus”. Sem querer definiu a mediocracia. Transcorreram séculos mas a frase conserva sua verdade.   Na primeira década do segundo milênio a decadência moral dos nossos governantes acentuou-se. Em cada comarca um grupo de oportunistas detém as engrenagens do mecanismo oficial, excluindo do seu seio todos os que se negam a tornar-se cúmplices deste procedimento. São quadrilhas que se intitulam partidos. Tentam disfarçar com idéias seu monopólio do Estado. São bandoleiros que procuram a encruzilhada mais impune para espoliar a sociedade. Em todos os tempos e em todos os regimes houve políticos desonestos mas encontram melhor clima quando o terreno é fértil em ignorância política. Onde todos podem falar, calam-se os ilustrados. Os enriquecidos preferem escutar os embaixadores mais vís. Quando o ignorante se acha igualado ao estudioso, o safado ao apóstolo, o tagarela ao eloqüen

A Formação das lendas

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A formação das lendas nas sociedades primitivas. Os primatas vivem em pequenos grupos. Formam amizades próximas, caçam juntos e combatem ombro a ombro contra inimigos. A sua estrutura social tende a ser hierárquica. O macho alfa esforça-se para manter a harmonia social em seu bando. Os membros de uma coligação passam muito tempo juntos, partilham alimentos e ajudam uns aos outros em caso de dificuldades. Existem limites claros quanto a dimensão dos grupos que podem ser formados e mantidos desta forma. Para que um grupo funcione em harmonia, todos os membros têm que se conhecerem mutuamente. Dois chimpanzés que nunca se cruzaram, nunca combateram juntos e nunca participaram nos cuidados mútuos, não saberão se podem confiar um no outro.    Em condições naturais, um bando de chimpanzés típicos, consiste  em cerca de 20 a 50 indivíduos. À medida que o numero de membros aumenta, a ordem social torna-se instável, acabando por conduzir a uma ruptura e a formação de um novo grupo por pa

A Supersimetria da criação

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_Conta uma tradição chinesa da época Xia (2205-1782), que apareceram dez sóis em nosso ambiente cósmico causando súbitas mudanças. Os povos da terra sofreram, terrivelmente com o calor e, por isso o Imperador ordenou ao seu melhor arqueiro que abatesse os sóis extras. O arqueiro foi recompensado com uma pílula  que tinha o poder da imortalidade mas sua esposa a roubou. Por esta ofensa ela foi exilada imóvel no firmamento transformando-se na lua. _Segundo esta lenda, o primeiro ser vivo foi P’na Ku, que cresceu durante 18 mil anos dentro de um ovo cósmico. Quando se chocou, a casca acima dele se tornou o céu, enquanto a casca abaixo tornou-se a terra. Os opostos da natureza foram separados como masculino e feminino, úmido e seco, claro e escuro, yin e yang. P’an Ku se despedaçou e suas feições se tornaram o mundo natural. Seus membros se transformaram em montanhas, seu sangue em rios, sua respiração no vento, sua voz nos trovões, seu cabelo na grama e seu suor na chuva. Seu olho es

A descoberta da ignorância

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Os biólogos dizem que o DNA é a base molecular para a reprodução sexual. Cada um de nós assemelha-se aos nossos pais porque herdamos um complemento de seu DNA, mas não herdamos o caráter, as atitudes nem sua religiosidade. Para isto somos ensinados, treinados e direcionados. O animal humano não consegue preservar a informação crítica à sua gestão simplesmente através da realização de cópias de seu DNA e de sua transmissão à progenitura. É necessário realizar um esforço constante para sustentar suas leis, seus costumes, seus procedimentos e sua religiosidade. As grandes sociedades de algumas espécies são estáveis e resilientes porque a maioria das informações que necessitam estão contidas em seu genoma. A larva de uma abelha melífera pode crescer e se transformar numa rainha ou numa operária, dependendo do alimento que recebe. No seu DNA está contido o programa necessário para os dois papéis, seja a etiqueta real ou a diligência proletária. As colmeias podem ser estruturas sociai