Lula, minha anta

Nas primeiras décadas do século XX a devoção à pátria unia tanto ditadores de esquerda quanto da direita como o comunista Stálin e o nazista Hitler em busca da autêntica raiz da pátria. As nações valorizavam o folclore e as músicas populares.
Quando o Brasil conheceu estas tendências os escritores entenderam que a raiz autêntica do Brasil era o caboclo, o mestiço, o popular. Era preciso defender a raça brasileira assim como Hitler defendia os arianos. O partido de ultra direita exalta o caboclo, representante legítimo do povo brasileiro.
O pintor Almeida Junior em vez de retratar cenas de momentos ilustres da pátria, ele preenche suas telas com cenas simples e humildes como o caipira tocando viola na janela de sua casa. Guilherme de Almeida participou da semana da arte de 1922 e divulgou o movimento verde-amarelismo ou escola de anta. Defendia, sem ironia, a anta como símbolo nacional.
Quase um século depois, o Brasil figura entre as trinta maiores economias do planeta, participa ativamente de todas as atividades científicas mundiais, é auto-suficiente na produção de alimentos e energia e só agora conseguimos ser representados por uma anta.

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